Aprender a conviver com sentimentos faz parte da vida do ser humano, e as crianças podem ser estimuladas desde cedo a olhar o outro de uma forma diferente. Muitos não percebem, mas pode estar na salinha de aula a solução para alguns conflitos dos pequenos: o animal de estimação.
Uma boa opção é a criação do peixinho Betta. Um mascote inusitado que as crianças podem compreender o ciclo da vida: a gestação, o nascimento, os primeiros passos, a doença e também a morte. Com um tempo de sobrevivência menor do que o do ser humano, os animais são fonte de aprendizagem para as crianças e despertam nelas a responsabilidade, a sensibilidade e o respeito.
“Ao lidar com os animais, a criança projeta os cuidados que os pais têm com ela. Ela vai trazer isso para o “teatro interno” dela, para a organização do psiquismo. É o que elas fazem com as bonecas e com os brinquedos, só que o animal vai reagir, e esse contacto traz novas experiências”.
Essa relação vai permitir uma compreensão melhor do mundo. Ela torna-se cuidadora, responsável. Vai expressar talentos que muitas vezes na família não é possível porque, nesse caso, é ela quem precisa de cuidado.
“Para a auto-estima delas isso é muito importante, elas sentem-se importantes. Se se pede a uma criança pequena para trazer um potinho de comida para o animal, ela vai fazer isso com uma seriedade, como se fosse uma jóia rara”.
“O peixinho tem nome? O que é que ele come?”, indagavam sem parar as crianças da turminha do Maternal.
A intimidade e o elo que se forma entre uma criança e o animal de estimação, às vezes, faz milagres. Reduzir ansiedade, trabalhar a autoconfiança, senso de responsabilidade, de afetividade e ajudam os pequenos a desenvolver habilidades sociais. Implicam o reconhecimento do sentimento do outro.
Mais bichinhos, menos ansiedade, mais envolvimento...
Em contato com a vida animal, ela começa a perceber diferenças. Desenvolve a sociabilidade e o lado emocional.
Além de responsabilidade, auto-estima e confiança, o contato com animais também desenvolve habilidades motoras e de fala das crianças. Faz a criança partilhar sensações e desenvolver hábitos saudáveis.
A experiência de poder ver um animal de perto é uma aprendizagem que os especialistas chamam de educação humanitária. Faz com que as crianças tenham uma preocupação com as outras formas de vida como um todo.
Um comentário:
Adorei este projeto, Tânia! Vamos preparar a divulgação do seu blog no Rioeduca?
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